O presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco), José Antônio dos Santos, denuncia que os auditores fiscais enfrentam desvalorização devido à pressão das elites empresariais e políticas, que se beneficiam da sonegação. Segundo ele, o governo de Fábio Mitidieri posterga as negociações salariais, mesmo com aumento na arrecadação e folga nas contas públicas.
A gestão do governador tem priorizado corte de gastos e privatizações, impactando diversas categorias do funcionalismo público, incluindo professores e profissionais da saúde. No caso dos auditores fiscais, a insatisfação aumentou após a criação de um grupo de trabalho sem poder de negociação, empurrando a decisão para setembro.
O Sindifisco aponta que o cenário fiscal não justifica a recusa do governo em conceder reajustes, já que a arrecadação estadual segue em alta. Além disso, a falta de regulamentação da gratificação acordada em 2023 tem sido vista como um calote.
Por fim, o sindicato critica a postura do governo, que, segundo José Antônio, busca enfraquecer os fiscais para proteger elites empresariais que sonegam impostos. A categoria já realizou mobilizações, incluindo uma paralisação de 24 horas, para pressionar por mudanças.