Os delegados de Polícia de Sergipe rechaçaram a proposta do Governo do Estado de conceder apenas 2% de reajuste, além da revisão geral anual e da redução de interstícios. Até o momento, o Governo sequer encaminhou oficialmente os termos da proposta. A decisão de se opor ao que foi anunciado pelo Governo foi unânime e tomada durante a Assembleia-Geral Extraordinária da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol/SE), realizada na tarde da quarta-feira, 9, no auditório do Celi Hotel, localizado no bairro Atalaia.
Cobrança Também foi aprovada a cobrança da reabertura imediata das negociações, a fim de que o Governo se posicione acerca do pleito de reestruturação da carreira apresentado no mês de novembro do ano passado. “Queremos que o Governo analise o projeto que foi entregue em mãos ao delegado-geral Thiago Leandro e também protocolado para o secretário de Segurança pública João Eloy de Menezes e o próprio governador Belivaldo Chagas. No mínimo, o Governo deveria ter discutido a proposta”, diz o presidente da Adepol/SE, Isaque Cangussu.
Interrupção Durante a assembleia, Isaque lamentou a proposta de conceder meros 2%, como também o fato de a negociação ter sido interrompida abruptamente. “O Governo fez tudo que jurou não fazer. Encerrou a negociação em andamento, impôs um projeto e o está enviando para a Assembleia-Legislativa sem oportunizar que seja apreciado pelo conjunto da categoria”, ressalta. O envio do e-mail do Governo do Estado informando o reajuste no percentual de 2% na tabela e cancelando a reunião, interrompendo unilateralmente as negociações, ocorreu na noite da última segunda-feira, 07. Nele, não foi anexada a minuta do projeto de lei ou mesmo explicados os termos da redução de interstício anunciada.
Retomada
No fim, o presidente da Adepol alimentou a esperança de que o governador Belivaldo Chagas chame o feito à ordem e determine a retomada das conversações. “Não quero crer que o governador, no seu último ano de mandato, vá deixar essa marca de arbitrariedade e antidemocracia, desprezando o diálogo e se evadindo da mesa de negociação por ele mesmo criada por decreto”, concluiu.
Insatisfação com projeto do governador
Aconteceu na tarde da terça-feira, 08, mais um ato do Movimento Policia Unida, em frente a Secretaria de Segurança Publica de Sergipe, no bairro São José, em Aracaju. Membros da Policia Militar, Policia Civil, Bombeiro Militar, Delegados, da ativa e aposentados. Um grande ato na defesa das pautas que foram discutidas em negociação com o Governo de Sergipe, mas que para os líderes do movimento não foi respeitado, visto que o Governador Belivaldo Chagas, anunciou o envio de um projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, estabelecendo um reajuste linear de 5% para todos os cargos (ativos e da reserva), mais 2% na tabela para as carreiras da Segurança Pública, contrariando as negociações que estavam em andamento.
Respeito e diálogo
O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe, Coronel Adriano Reis, pede respeito e diálogo ao Governo. “Estamos inconformados, queremos respeito, diálogo, somos todos homens e mulheres de bem, e estamos lutando por um direito. Governador seja aquele democrata que um dia foi”, disse o Coronel Adriano.Adriano Reis, conclama ao Secretário de Segurança Pública, João Eloy, e o comandante da Polícia Militar, Coronel Marcony Cabral, para que entreguem seus cargos ao Governador. “O governador não os respeitou, está humilhando o secretário e o comandante, infelizmente. Fica insustentável principalmente a permanência de João Eloy pois enquanto policial civil tem o dever de defender a classe e exigir do governador respeito e valorização”, afirmou Adriano.
Ato dia 14
Durante a Assembleia, todos os representantes falaram sobre a insatisfação com o que foi apresentado como Projeto Lei pelo governador. Ficou decidido que no próximo dia 14, haverá um grande ato em protesto ao desrespeito realizado pelo Governo, que não tem consideração ao servidor público. As lideranças do movimento alegam que foram informados da decisão por meio de e-mail e que não foram convocados para dar continuidade às negociações. Participaram do ato, os deputados estaduais, Capitão Samuel, Kitty Lima e Georgeo Passos, que manifestaram-se em apoio as reinvindicações de toda categoria.
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