O g1 contou neste domingo a história da técnica em enfermagem Ana Paula Araújo. Com salário e renda extra, ela ganha por volta de R$ 2,5 mil por mês. Mas suas dívidas mensais passam dos R$ 16 mil. Sem conseguir dormir, trabalhando até 24 horas seguidas e com o nome sujo, ela pediu ajuda e começou um planejamento financeiro.
A reportagem a acompanhou nesta trajetória com a especialista Aline Soaper. Além de estabelecer um plano de ação para a Ana, a Aline também deu três dicas básicas que qualquer pessoa, endividada ou não, precisa seguir para começar sua reeducação financeira.
- Saber o quanto e com o que você aceita gastar. Só anotar não basta, é preciso estabelecer metas de gastos. "A maioria vai só pagar conta, o boleto que chegou. E isso atrapalha. Então é preciso saber quanto vai gastar antes do salário cair e não esperar o salário cair para ver o que deu para pagar", orienta Aline.
- E a terceira coisa é entender que precisamos ter uma reserva para imprevistos. "Não importa se é CLT, funcionário público, empresário ou autônomo. Imprevistos acontecem e, se eu não tiver uma grana para isso, eles vão bagunçar o restante da vida financeira", diz a planejadora.
Se você tem dívidas, precisa adicionar alguns itens à sua lista:
- Listar todas as despesas fixas de casa;
- Levantar o valor total das dívidas parceladas e dos empréstimos;
- Não abrir mão da reserva financeira para pagar parcelas.
O que pode ser parcelado?
A regra mais básica é a seguinte: se for comprar um bem que vai durar, pode parcelar. Se for um gasto recorrente, não, alerta a planejadora.
"Então, se eu preciso comprar uma geladeira nova para minha casa, não preciso ter o valor completo daquela geladeira. Posso fazer um parcelamento porque não vou pagar juros e não vou comprar outra no mês seguinte. A parcela vai entrar no meu custo mensal", explica.
"Agora, supermercado, gasolina, farmácia, todos os gastos que são recorrentes não podem ser parcelados porque, no mês seguinte, eu tenho que fazer compra de novo e essas parcelas vão se acumular", diz.