Professores estaduais estão com as atividades paralisadas a partir desta terça-feira (10) até a quinta (12). Eles se reuniram neste primeiro dia de mobilização em frente ao Palácio dos Despachos, sede do governo de Sergipe, na Avenida Adélia Franco, em Aracaju.
Uma das reclamações da categoria está relacionada a ausência de um plano de carreira. Segundo eles, quem chega com licenciatura ou doutorado, tem a mesma base salarial. "Não tem diferença de valores, o salário recebido por alguns professores em abril foi menor que o mês de março, antes da aprovação da lei”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), Roberto Silva.
Os profissionais se posicionam contra o desconto de 14% nas aposentadorias e a ausência de plano de carreira.
De acordo com o governo do estado, atualmente, a remuneração dos professores que atuam em sala de aula supera o valor do piso salarial nacional do magistério que é R$ 3.845,63, após reajuste de 33,24% para este ano. Este valor é a soma do vencimento básico e da gratificação por regência de classe. O vencimento básico inicial corresponde a R$ 2.886,15 e com a soma das remunerações chega a R$ 4.040,61. Agora, com o reajuste de 10,16%, os servidores passam a receber, como valor inicial na base de R$ 4.451,14, sendo 15,74%, superior ao valor do piso nacional.
“Nós tínhamos Regência de Classe, direito ao piso salarial do magistério a partir do mês de janeiro de 2022. O que o governo do estado fez foi uma contabilidade criativa, que trouxe essa gratificação ao nosso vencimento base. Na realidade, retira essa gratificação e finge que isso foi um aumento”, disse o professor Jenisson Alves de Andrade.
O governo ainda não se manifestou sobre a paralisação.