O Governo do Estado vai continuar confiscando 14% do salário de servidoras e servidores públicos aposentados com remuneração acima de 2 salários mínimos graças à aprovação do Projeto de Lei Complementar 08/2022 que aconteceu na manhã desta quinta-feira, dia 31 de março, na Assembleia Legislativa de Sergipe.
Ignorando as vozes das professoras idosas em protesto, dos dirigentes sindicais do SINDIJUS (Judiciário) e do SINTESE (Professores), a maioria dos deputados estaduais de Sergipe aprovou o PLC 08/2022 aumentando a indignação das milhares de famílias de aposentados de Sergipe que tinham a esperança de se livrar da mordida mensal de 14% em sua remuneração.
Desde a aprovação da Reforma da Previdência Estadual, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), Roberto Silva critica a covardia praticada contra aposentadas e aposentados do Estado. O presidente da CUT Sergipe afirmou que o PLC 08/2022 é mais uma prova de que o Governo de Sergipe tem recurso suficiente para pagar dignamente a aposentadoria dos servidores sem nenhum desconto, mas não o faz porque não quer.
“É um Governo que prefere massacrar aposentados. É perverso, odeia e despreza os servidores públicos aposentados e suas famílias. Temos estudos do DIEESE que provam: nada justifica este desconto a não ser a vontade política do governador”, afirmou Roberto. Acesse link e confira o estudo do DIEESE publicado no site do SINTESE.
Um dia antes da votação, a CUT encaminhou ofício a todos os deputados estaduais de Sergipe solicitando que apresentassem emendas ao PLC 08/2022 para a isenção de contribuição previdenciária a todos os servidores aposentados que recebem proventos abaixo do teto de previdência (R$ 7.087). O deputado Iran Barbosa apresentou uma emenda em defesa dessa reivindicação histórica da CUT e dos sindicatos que defendem o direito dos aposentados à remuneração sem cortes, no entanto, entre os 24 deputados estaduais, os únicos que apoiaram a emenda e, consequentemente, os servidores aposentados foram João Marcelo, Dr. Samuel Carvalho, Georgeo Passos, Gilmar Carvalho e Maria Mendonça.
Por Iracema Corso – CUT/SE