Com o sentimento de revolta aceso, no dia 22 de junho, várias categorias de servidores públicos da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) receberam um salário menor do que o mês anterior, apesar do anúncio de reajuste de 7,5% para todos os servidores de Aracaju feito pelo prefeito Edvaldo Nogueira nas redes sociais.
Além de serem excluídos do reajuste de 7,5%, o corte de gratificações gerou uma redução salarial para piorar a realidade de perda do poder de compra dos servidores com salário corroído pela inflação desde o ano passado.
O secretário geral do SINDASSE, Ygor Machado, explica que existem 178 assistentes sociais na PMA, destes os 92 que atuam na Saúde receberam os 7,5% enquanto 76 assistentes sociais da PMA que atuam na Assistência Social ficaram sem reajuste.
"São aproximadamente 42% do toral de assistentes sociais da prefeitura que não receberam o reajuste de 5% de 2022 e em 2023 também foram excluídos do reajuste de 7,5%. E esse massacre acontece numa conjuntura extremamente difícil porque os equipamentos da assistência social estão totalmente deteriorados, debilitados, sem investimento em reforma, em qualificação, faltando profissionais e há sobrecarga de trabalho", denunciou Ygor Machado.
Segundo Ygor Machado, por falta de profissionais, a assistencia social tem colocado cargos comissionados para atuar como assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais; assim o número de servidores que ficarão sem reajuste se amplia.
De acordo com Ygor Machado, o prefeito Edvaldo Nogueira ainda tentou de forma atabalhoada e ilegal, vetar a emenda do vereador Izac, que garantia a manutenção da lei 4.769/2016. Caso o veto tivesse efeito, iria piorar a situação dos servidores excluídos do reajuste desde o ano passado.
"Assim, quem não recebeu o reajuste de 5% no ano passado e não recebeu o reajuste de 7,5% nem poderia entrar na Justiça para lutar pelo reajuste. É muita maldade com o trabalhador que serve a população de Aracaju", protestou Ygor.
A presidenta do Sints (Educadores Sociais) Rafaela Souza criticou a decisão do prefeito que continua desvalorizando servidores públicos de Aracaju.
“Reajuste linear é fake porque boa parte dos servidores da Prefeitura de Aracaju não receberam esse reajuste. Os educadores sociais que fazem parte do SINTS são servidores da Administração Geral, temos um regimento próprio com relação aos vencimentos. Em 2016 aconteceu a revisão salarial e o prefeito João Alves lançou a lei 4.769 mudando a tabela de vencimentos, que até hoje não foi reconhecida pelo prefeito Edvaldo Nogueira", declarou Rafaela Souza.
Rafaela Souza criticou que o índice de 7,5% mal corrige a inflação do período. "Mais de 130 educadores sociais de Aracaju não têm direito a um reajuste salarial. É uma decisão política perversa que atinge a auto-estima do servidor, prejudica sua família e a população de Aracaju".
Dirigente do SINDINUTRISE, Mychelyne Guerreiro criticou o prefeito Edvaldo por não cumprir com sua palavra de corrigir distorções salariais que prejudicam nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, farmacêuticos e fisioterapeutas.
Assim, diante da insatisfação de várias categorias de servidores públicos municipais de Aracaju, a luta unificada por valorização vai continuar.
Fonte:https://se.cut.org.br/noticias/servidores-de-aracaju-sem-reajuste-lutam-por-valorizacao-fce1