Professores da rede municipal de Aracaju realizam um ato, em frente à Câmara de Vereadores, nesta terça-feira (30), para voltar a protestar contra o valor recebido pelo piso salarial, que, segundo a categoria, é abaixo do nacional.
O ato tem o objetivo de chamar a atenção dos parlamentares sobre o assunto. Uma comissão foi recebida do plenário da casa, onde o presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), Obanshe Severo, falou sobre reivindicações da categoria.
“No dia 12, os representantes da prefeitura informaram que a proposta de reajuste seria apresentada no dia 22, mas eles não cancelaram a reunião e nem apresentaram uma proposta de reajuste. Então não houve outra saída, a não ser paralisarmos para que enfim a gente possa receber essa proposta de reajuste, que a lei determina que seja dia primeiro de janeiro e já passaram todos os prazos”.
Ainda de acordo com ele, a categoria classificou como equívoco a divulgação por parte da prefeitura que o piso inicial dos professores era de cerca de R$ 5 mil. “O piso em Aracaju não pode ser R$ 5 mil, se observar a Lei 5469, que reajustou no ano passado, nenhum valor na tabela chega a R$ 5 mi. É inadmissível que a prefeitura divulgue essa informação”.
De acordo com o sindicato, o valor do piso recebido para 40 horas de trabalho é de R$ 2.242,92, sem abono, valor abaixo do nacional, que de acordo com o Ministério da Educação (MEC) será reajustado de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
Em nota, a Secretaria Municipal da Educação de Aracaju (Semed) informou que as negociações salariais com a categoria não foram encerradas e que nenhum professor da rede recebe menos que o piso nacional do magistério, que é de R$ 4.420,55. Em Aracaju, o menor valor pago a este profissional é de R$5.139,39.
Aulas
Segundo a categoria, as aulas para cerca de 32 mil alunos estão suspensas nesta terça e quarta-feira (31).
Mas Semed informou que os gestores escolares foram comunicados sobre a decisão de manter as unidades abertas e em funcionamento nos dias 30 e 31 de maio, "não podendo ser impedidos de acessá-las os profissionais do magistério que assim desejem, bem como os estudantes que nestes dias dirijam-se às unidades escolares para as atividades pedagógicas".