Dia 24 de janeiro e dia do aposentado e aposentada. É um dia de comemoração, mas também de muita luta. E em 2023, o SINTESE realiza ato a partir das 8h na Praça General Valadão em frente ao Sergipeprevidência.
Pela devolução do 14% que foi confiscado das aposentadorias e por paridade com os salários do magistério da ativa. Essas são as duas principais pautas de luta das professoras e professores aposentados da rede estadual.
“Comemoramos o dia do aposentado e aposentada, pois a aposentadoria é fruto do nosso trabalho e de muita luta, mas estamos atentos, pois não podemos perder de vista os nossos direitos e queremos que eles sejam garantidos”, frisa, a professora Maria Lucia Lima Santos, dirigente do Departamento de Aposentados e Aposentadas do SINTESE.
Confisco de 14%
Entre abril de 2020 e junho de 2022, o governo Belivaldo Chagas, com o aval de deputados que compõem a Assembleia Legislativa, realizou o confisco de 14% das aposentadorias dos servidores do estado que recebem até o teto do INSS.
Para professores e professoras aposentados o confisco de 14% significava em seus salários uma perda mensal de 600 a 800 reais. Muitos professores e professoras passaram por sérias dificuldades, acumularam dívidas com bancos e foram forçados a mudar o padrão de vida.
O confisco dos 14% chegou ao fim em junho de 2022 e a luta agora passou a ser outra: pela devolução de tudo que foi indevidamente tomado dos professores e professoras aposentados.
“Estas mulheres e homens contribuíram com sua força de trabalho, por 25, 30, 35 anos, contribuíram com a educação e formação da sociedade sergipana e não podem simplesmente, chegar no momento que mais precisam de amparo, serem lesados e ficar por isso mesmo”, afirma a vice-presidenta do SINTESE, professora Ivônia Ferreira.
Paridade com ativos
Em março de 2022, os professoras e professores aposentados sofreram outro golpe do governo do Estado.
Com a aprovação dos projetos da degola e da pá de cal na carreira do magistério, fez com que os aposentados tivessem somente 10,16% aplicados nas aposentadorias, ao invés dos 33,24% estabelecidos pela legislação e sem abono, com foi instituída a quebra da paridade salarial entre ativos e aposentados.
“A paridade salarial é um direito nosso e não pode ser descumprido. O governo do Estado não pode penalizar milhares de trabalhadoras e trabalhadoras que deram mais da metade de suas vidas para educar os sergipanos e construir esse estado”, disse a professora aposentada Ana Geni, dirigente do Departamento de Aposentados do SINTESE.
Foto assessoria
Por Caroline Santos