O final de ano para as professoras e professores dos municípios de Tomar do Geru, Cedro de São João, Malhada dos Bois, Telha, Monte Alegre de Sergipe, Graccho Cardoso, Maruim e Poço Verde não foi de festa nem de alegria. Isso porque as prefeituras destas oito cidades, até o dia 03 de janeiro, ainda não pagaram os salários do mês de dezembro.
Destes, dois municípios chamam a atenção: é o caso de Tomar do Geru e de Poço Verde. No caso de Tomar do Geru o não pagamento se deu por questões orçamentárias precisavam do aval da Câmara de Vereadores.
“É preciso que haja um entendimento entre os parlamentares e os prefeitos, pois os professores e professoras cumpriram o seu trabalho e têm direito a receber, eles não podem ser penalizados por divergências entre os poderes”, afirma o presidente do SINTESE., Roberto Silva dos Santos.
Em Poço Verde o magistério não recebeu os salários no mês de dezembro, por uma desorganização financeira da prefeitura, que processou a folha no dia 30, lembrando que no último dia útil do ano não há expediente bancário. A informação passada para o SINTESE é que amanhã, dia 04, os salários estarão nas contas.
“As prefeituras precisam organizar melhor suas operações bancárias, é sabido por qualquer pessoa que lida com o financeiro que não há como realizar transações bancárias no último dia útil do ano, por um erro que poderia ser evitado, centenas de professoras e professoras ficaram sem salários”, afirmou Emanuela Pereira, dirigente do Departamento de Bases Municipais do SINTESE.
Nos demais municípios, o SINTESE está buscando contato com as administrações para saber os motivos do não pagamento e até mesmo para agendar audiências para que esse problema seja solucionado o mais rápido possível, afinal estamos falando de salário, o que garante a subsistência dos trabalhadores e trabalhadoras.
O sindicato irá também procurar o Ministério Público e o Tribunal de Contas para intercederem sobre essa questão.
O não recebimento dos salários causa desequilíbrio financeiro e também emocional às famílias dos professores e professoras. E, de certa forma, até os comerciantes destas cidades sofrem o efeito dessa política.
Por Caroline Santos