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A renda média do trabalho caiu mais para os empregados do setor público do que para os funcionários da iniciativa privada durante a pandemia no Brasil. No trimestre de maio a julho de 2019, antes da crise sanitária, a renda média do trabalho era estimada em R$ 4.468 para os empregados do setor público. Em igual período de comparação, a renda média dos empregados do setor privado, exceto os trabalhadores domésticos, recuou de R$ 2.421 para R$ 2.350. Os empregados domésticos, por sua vez, tiveram contração de 5,1%.

A média encolheu de R$ 1.106 para R$ 1.050. A inflação elevada fez a renda dos brasileiros encolher de maneira generalizada na pandemia. No caso dos empregados no setor público, o efeito da alta dos preços foi potencializado pela ausência de reajustes ou por aumentos tímidos para parte dos servidores, avaliam economistas."Em um contexto de inflação alta, o congelamento de salários faz a renda média cair mais", afirma a economista Vívian Almeida, professora do Ibmec-RJ.

De cerca de 11,5 milhões de vínculos de trabalho no funcionalismo público do Brasil, em 2018, um quarto recebia até R$ 1.566, e a metade ganhava até R$ 2.727, indicou uma nota técnica do Ipea de agosto de 2021. «O setor público tem uma heterogeneidade grande. » Segundo os dados da Pnad Contínua, a renda dos empregados no setor público também caiu mais do que a dos empregadores no setor privado na pandemia. A renda média desse grupo, cuja população ocupada bateu recorde durante a pandemia, passou de R$ 2.051 para R$ 2.122.

Baixa atinge 18% em parte da categoria

O número de ocupados subiu 2,6% entre o trimestre até julho de 2019 e igual intervalo de 2021, para 7,9 milhões. Representa 65,3% do total de empregados no setor público . Os militares e estatutários têm a maior renda média do funcionalismo, segundo o IBGE. Caiu 6,6% ao longo da pandemia, de R$ 5.128 para R$ 4.792.

Em valores relativos, a maior baixa na renda dentro do funcionalismo foi registrada pelos empregados com carteira, que somam 1,3 milhão de pessoas . O rendimento desse grupo caiu 18,2%, de R$ 4.651 no trimestre até julho de 2019 para R$ 3.803 em igual intervalo de 2022. Para economistas, a redução pode estar associada à abertura de vagas com salários mais baixos durante a pandemia, além dos efeitos da inflação. De acordo com o IBGE, os empregados com carteira no setor público normalmente ocupam cargos em comissão.

Em termos gerais, a renda média do trabalho principal no país encolheu 3,5% entre o trimestre encerrado em julho de 2019 e igual período de 2022, conforme os dados do IBGE. De acordo com economistas, os recentes sinais de trégua da inflação podem estimular uma melhora da renda nos próximos meses. «A perspectiva para a renda é positiva no curto prazo, mas é uma reação muito devagar. » Ao longo deste ano, servidores federais, por exemplo, pressionaram o presidente Jair Bolsonaro por reajustes, mas encontraram resistência.

Cerca de 1 milhão de servidores estão com salários congelados desde 2017, como mostrou a Folha. «Os determinantes da remuneração no setor público também são políticos, até mais do que econômicos», diz Cardoso Júnior, do Fonacate.

 

 

Fonte:https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/09/servidor-publico-perde-mais-renda-do-que-empregado-do-setor-privado-na-pandemia.shtml

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