COMUNICADO SINTESE:
Na quarta-feira, 16, chegamos ao dia dois da paralisação de professoras e professores da Rede Estadual de Ensino. E neste segundo dia, diversas mobilizações acontecerão, não só em Aracaju, mas também no interior do estado.
Na capital professoras e professores farão adesivaço em 11 semáforos espalhados por toda a cidade, no período da manhã, às 6h30, e no período da tarde, a partir das 16h30. O objetivo é, mais uma vez, fazer o diálogo direto com a população, explicando as nossas pautas e o motivo central da nossa paralisação, além de colar adesivos nos carros e motocicletas daqueles que apoiam à luta do magistério público estadual de Sergipe.
No interior do estado acontecem os atos regionais em seis cidades: Itabaiana (região Agreste), Nossa Senhora da Glória (região do Alto Sertão), Lagarto (região Centro Sul), Estância (região Sul), Japaratuba e Capela (Vale do Cotinguiba)
Confira abaixo a programação completa e os locais onde acontecerão cada uma das nossas mobilizações
Aracaju
Manhã (das 6h30 às 8h30)
Bairro Industrial: Av. João Rodrigues com Gen. Calazans (em frente ao Parque Shopping)
Bairro Santo Antônio: Av. Simeão Sobral com Gentil Tavares
Bairro Grageru: Av Hermes Fontes com Nestor Sampaio
Bairro Jardins: Av Gov. Paulo Barreto Menezes (Beira Mar) com Av Tancredo Neves
Bairro Ponto Novo: R. Poe. José Sampaio com Av. Augusto Franco (Rio de Janeiro)
Bairro Capucho: – Av Tancredo Neves (em Frente ao HUSE)
Tarde (das 16h30 às 18h30)
Bairro José Conrado de Araújo: Av. Maranhão com Av. Euclides Figueiredo
Bairro Siqueira Campos: Av. Augusto Franco (Rio de Janeiro) com São Cristóvão
Bairro Santo Antônio: Av. Coelho e Campos com Pedro Calazans
Bairro Farolândia: Av. José Carlos Silva com Av Hildete Falcão Baptista
Bairro Suiça: Av Desembargador Maynard com Hermes Fontes
Atos regionais
Itabaiana- 8h
Praça João Pessoa
Nossa senhora da Glória – 8h
Av. Monte Alegre, em frente a Osaf
Estância – 8h
Em frente a praça Barão do Rio Branco
Lagarto – 8h
Em frente a subsede do SINTESE na região Centro Sul (Largo de Paulo Freire)
Capela – 8h30
Praça 15 de novembro
Japaratuba – 10h
Em frente a Diretoria Regional de Educação 04 (DRE04)
Por que as professoras e professores pararam suas atividades?
O governo do estado quer destruir o triênio, que é a gratificação que professoras e professores recebem por tempo de serviço na Rede, além de alterar o pagamento da Gratificação por Atividade em Tempo Integral (GATI), reduzindo os valores pagos a professoras e professores que trabalham nesta modalidade de ensino.
Esta proposta foi coloca pelo secretário de estado da educação, Zezinho Sobral, na última audiência ocorrida entre o SINTESE e a Seduc, no dia 23 de setembro.
É de conhecimento geral que, desde o início do governo Fábio Mitidieri e Zezinho Sobral (lembrando que além de secretário de educação ele é vice-governador de Sergipe), entre as pautas de luta do SINTESE está o descongelamento do Triênio, da Gratificação por Atividade de Tempo Integral (GATI), entre outras, com a garantia das suas vinculações ao vencimento de cada professora e professor da Rede Estadual de Ensino.
No entanto o que o Governo do Estado propõe é acabar com estes direitos, o que demonstra, mais uma vez, a face do descaso do governo do estado e sua falta de compromisso em valorizar professoras e professores.
O presidente do SINTESE, professor Roberto Silva, fez questão de destacar que a proposta gerou muita indignação entre as professoras e professores e muita revolta.
“Já tivemos, no final de setembro, a agressão do governador dizendo que os professores não trabalham, o que é muito grave, e para completar o governo apresenta uma proposta de destruição dos nossos direitos. Já passamos por um processo muito gritante de destruição de nossa carreira, que aconteceu no governo Jackson Barreto, se estendeu no governo de Belivaldo e agora o governo Fábio Mitidieri quer terminar de destruir os direitos dos professores. Isso é grave, gritante e não vai ser aceito por nós. Vamos seguir em luta, esperamos que o governo não execute esta proposta, que reabra a negociação porque temos um indicativo de greve, caso o governo do estado não sinalize a intenção de retomar de fato o processo de efetiva negociação com o SINTESE”, relata o presidente do SINTESE.
O professor Roberto Silva colocou ainda que o que o SINTESE e as professoras e professores esperam é o Governo do Estado venha a público e se comprometa a não acabar, de uma vez por todas, como os direitos das professoras e professores da rede estadual.
“Por isso, quando a nossa assembleia terminou na sexta-feira, dia 9, fizemos uma caminhada até a Assembleia Legislativa, para entregar um documento aos deputados cobrando que não comunguem com a destruição do direito dos professores, e seguimos e até o Tribunal de Justiça de Sergipe, onde solicitamos dos desembargadores que haja uma mediação de conflito, porque ao invés de propor o descongelamento, de melhora a vida e assegurar a nossa remuneração da forma que a lei preconiza, o Governo do Estado quer simplesmente extinguir os nossos direitos. É inaceitável”, reafirma.