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Os servidores públicos celetistas da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) – responsável pelo gerenciamento de oito hospitais regionais de Sergipe, contando com o Huse, além do Samu – deflagraram greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, 21. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Área da Saúde de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, a classe “cansou de esperar” por uma resolutiva do Governo do Estado com relação à renovação do contrato da Fundação, e decidiu cobrar de maneira mais taxativa.

Segundo Couto, os profissionais, representados pelo sindicato, já vêm se manifestando desde o ano passado, no entanto, nada acontece por parte do Estado. “Observamos uma falta de vontade política por parte do governador, de resolver o problema desses profissionais, estamos nessa luta desde o ano passado, onde tivemos várias reuniões, mas nada acontece, então cansamos de esperar”, pontuou o sindicalista. Ainda conforme o presidente do Sintasa, o fator principal que levou a categoria a deflagrar a greve foi a informação obtida na última reunião ocorrida entre os profissionais e a Procuradoria Geral de Estado, que também contou com a participação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Secretaria de Estado da Fazenda. “Lá foi dito claramente para nós, que se não houver a renovação do contrato, será possível a demissão em massa de cerca de oito mil servidores que atualmente compõem a fundação. A nossa preocupação é que se encontre uma solução até o final deste mês”, disse Augusto Couto.

E continua. “O Governo do Estado precisa ter um olhar diferenciado para esses trabalhadores, principalmente porque eles trabalharam na pandemia, adoeceram e alguns até perderam a vida, mas estavam lá, atendendo à população. Não se teve sequer reajuste salarial para esses profissionais, tampouco acordo coletivo. E, além do mais, recente teve a pancada do reajuste do Ipes. Por isso, enquanto não se tem uma solução, o sindicato irá se manifestar nesse sentido, para que os trabalhadores possam atuar com tranquilidade, porque o fator psicológico deles está abalado”, acrescenta.

A FHS é responsável pelo gerenciamento dos hospitais regionais de Estância, Itabaiana, Lagarto, Propriá e Nossa Senhora do Socorro, Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Hospital Local de Neópolis, Unidade de Pronto Atendimento de Boquim e Hospital Local de Tobias Barreto, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A Fundação tem em seu quadro quase oito mil funcionários distribuídos por essas unidades.

Segundo Augusto Couto, no Huse, especificamente, só serão atendidos os casos de urgências durante o período de greve. Toda a rede de hospitais regionais poderá ser afetada pelo movimento paredista. A reportagem do JORNAL DA CIDADE entrou em contato com a Comunicação da SES, no entanto, não foi dada resposta até o horário de fechamento da matéria. O espaço segue aberto para caso a pasta queira se manifestar acerca da questão.

 

 

Fonte: https://www.jornaldacidade.net/saude/2023/08/334642/servidores-da-fhs-deflagram-greve-por-tempo-indeterminado.html

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