“Tenho três dependentes e com esse aumento não sei como vou conseguir continuar no Ipesaúde”, essa é a realidade de Neide Fraga Santos, servidora pública municipal aposentada.
Essa é a realidade dos milhares de servidores públicos estaduais e municipais da ativa e aposentados que foi denunciada em ato público realizado em frente ao instituto na manhã desta quarta, dia 05.
A indignação por mais uma vez o beneficiário do Ipesaúde ser penalizado pelos desmandos tomou conta do ato, pois o argumento utilizado para o aumento das alíquotas é um rombo de aproximadamente 200 milhões.
Este mês passa a vigorar o aumento de 50% na contribuição dos os titulares que descontavam 4% passam a pagar 6% dos salários ao Ipesaúde, o valor da alíquota descontada para os dependentes variava de 0,7 a 2,5%. Com a aprovação da lei, o valor descontado será entre 2% e 4% a depender da idade dos conveniados.
No caso do Estado o reajuste de 10% ou os ínfimos 2,5% vão praticamente desaparecer com o aumento da alíquota. “Os salários de julho serão menores que os de junho por conta do aumento da contribuição do Ipesaúde tanto para titulares quanto para dependentes”, afirma o presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.
Aumento na contribuição e redução nos serviços
Para além do aumento, quem faz parte do Ipesaúde agora vive uma limitação nos atendimentos e também na requisição de exames. De forma gratuita serão consultas (12 por ano), para atendimentos na urgência (10 por ano), exames laboratoriais (30 por ano), entre outros. Caso a pessoa necessite mais que o estipulado terá que pagar até 20% de co-participação (limitado a até R$30 por procedimento).
“Parece para nós que o objetivo do governo é destruir completamente o Ipesaúde, pois aumenta a contribuição, praticamente forçando os servidores com menores salários a deixarem o instituto, não vamos compactuar isso, nossa luta é para que o Ipesaúde cumpra o seu papel de promover a saúde do servidor público”, afirma o presidente do SINTESE.
Novo ato
Dia 31 acontece um novo ato a partir das 7h em frente ao instituto. Até lá, os sindicatos e centrais buscarão uma audiência na Assembleia Legislativa.
Abaixo assinado
As centrais sindicais CUT e CTB organizaram um abaixo assinado para cobrar transparência do Governo de Sergipe, além de reivindicar uma auditoria do Ipesaúde que explique a responsabilidade dos gestores públicos e as origens do rombo financeiro.
O Abaixo Assinado do movimento sindical também pede a revogação do PL 220 para que esta dívida não seja novamente cobrada do bolso dos servidores públicos do Estado de Sergipe, da ativa e aposentados.
Clique no link e assine https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdSGQ3Jp5zkUJ6FoXNQvB1aCX94jZ0246i1cetCIiU2C9iECQ/viewform?usp=pp_url