Anúncios de monitoramentos por câmeras, rondas constantes de policiais, policiais nas escolas, criação de grupos de trabalho, telefones para denúncias, formação para saber como agir caso escolas sejam ameaçadas.
Na avaliação do sindicato, todas as ações que foram anunciadas pelo governo estadual e pelas prefeituras estão voltadas somente para a segurança pública e, para o SINTESE, esse não deve ser o único foco do poder público.
“É preciso promover ações que envolvam toda a máquina pública, pois essa escalada de ódio não tem a ver somente com ‘criminosos que querem fazer mal a escola’ o debate precisa ser amplificado, as comunidades escolares precisam ser ouvidas, participarem do debate. Caso isso não aconteça essas situações de ódio ao ambiente escolar não serão sanadas”, disse o presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.
Em relatório divulgado há algumas semanas a Campanha Nacional pelo Direito à Educação associa o crescimento de atos de violência à escalada do ultraconservadorismo e do extremismo de direita no país, e à falta de controle e criminalização desses discursos e práticas. Segundo o levantamento, ao longo dos anos 2000, ocorreram 16 ataques em escolas brasileiras, que mataram 35 pessoas e deixaram 72 feridas.
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Nesse sentido o documento ressalta que é necessário “Um trabalho intersetorial, com ação efetiva da gestão das redes públicas de ensino. Nesse sentido, faz se necessária uma campanha ampla de denúncia à cooptação dos jovens por grupos de extrema direita e como isso afeta o desenvolvimento destes e da sociedade. Objetivamente, o principal foco deve ser a escola e a comunidade escolar. Nesse sentido, é urgente que professoras, professores, funcionários das escolas, e – principalmente – mães, pais e responsáveis, recebam orientações para detectar alterações comportamentais e observarem o conteúdo digital consumido por crianças, adolescentes e jovens. Além disso, reitera-se: profissionais da educação devem participar de processos de formação continuada sobre o extremismo de direita e como enfrentá-lo”.