O plano de contingência da Prefeitura de Aracaju, implementado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em dez Unidades de Saúde da Família (USFs), foi iniciado nesta quarta-feira, 15, contemplando todas as regiões da capital. O objetivo da gestão municipal é antecipar os efeitos do período de transição das estações, quando as temperaturas começam a cair, resultando no aumento da procura por atendimento médico para sintomas de síndromes gripais.
A partir de agora, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que apresentarem sintomas leves de síndromes gripais devem procurar uma das dez Unidades de Saúde da Família (USFs) do plano de contingência. Das 7h às 18h30, as USFs que farão este acolhimento são: Augusto Franco (bairro Farolândia), Geraldo Magela (bairro Orlando Dantas), Ministro Cavalcante (bairro Jardim Esperança), Edezio Vieira (bairro Siqueira Campos), Cândida Alves (bairro Santo Antônio), Francisco Fonseca (bairro 18 do Forte), José Machado (bairro Santos Dumont) e Onésimo Pinto (bairro Jardim Centenário).
Outras duas unidades funcionarão em horários diferentes, das 7h às 16h30, são elas: USF João Bezerra (bairro Mosqueiro); e das 7h às 15h30, a USF Celso Daniel (bairro Santa Maria). Já o Centro de Atendimento e Triagem de Síndromes Gripais, o horário de funcionamento é das 7h às 18h30.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, João Vitor Burgos Mota, o plano de contingência faz parte das estratégias para o enfrentamento da sazonalidade, período em que, principalmente as crianças, de 0 a 9 anos, sofrem as consequências das baixas temperaturas na transição do outono para o inverno.
“Além das dez unidades que contemplam todas as regiões de Aracaju, temos o gripário, como uma espécie de retaguarda para desafogar a Rede de Urgência e Emergência, ou seja, os hospitais Fernando Franco - zona Sul, e Nestor Piva - Zona Norte. Desta forma, diminuímos o fluxo de pessoas com sintomas leves nos hospitais para que possam atender as pessoas em estado mais grave das síndromes gripais em um tempo menor de espera. Lembrando que as demais Unidades de Saúde também estão aptas a receber os casos de síndromes gripais”, destaca João Vitor.
Sintoma e sinais de alerta
Segundo a médica infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, as variações nas temperaturas climáticas ajudam no aumento da incidência de doenças respiratórias, como rinite, sinusite, gripes e resfriados, além de infecções respiratórias, principalmente em crianças e idosos.
“Diante da mudança no clima e das oscilações das temperaturas, deve ocorrer uma maior prevalência de vírus respiratórios, como influenza, adenovírus e, até mesmo, coronavírus. É um período de sazonalidade das doenças respiratórias agudas, com aumento do número de casos de síndromes gripais. Assim, pessoas com sintomas de congestão nasal, espirro, coriza, dor de garganta, tosse, febre, dor de cabeça e como o próprio nome já diz sintomas respiratórios, que são considerados leves, devem procurar as dez unidades do Plano de Contingência, antes que os sintomas se agravem”, destaca a infectologista.
Vacinação e etiqueta respiratória
Para a especialista, é de extrema importância que as pessoas continuem se imunizando e atualizando seu cartão vacinal, tanto para a covid-19, quanto para a influenza.
“Com maior cobertura vacinal, minimizamos os riscos de casos mais graves e, consequentemente, haverá uma redução da carga viral, prevenindo o surgimento de complicações decorrentes da doença e a diminuição da sobrecarga nos serviços de saúde. Já foi comprovado que a vacinação em massa, baixa significativamente o número de casos graves, principalmente nos grupos prioritários e nas crianças", orienta.
Fabrízia reforça, ainda, que os hábitos de etiqueta respiratória utilizados durante a pandemia de covid-19, também valem para prevenir as doenças que mais incidem nesta sazonalidade, a exemplo da proteção, com o braço, quando for tossir ou espirrar, e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool.
“Entre os hábitos, destacamos a lavagem de mãos e o uso de máscara que continuam sendo os mais importantes. Estimular e estabelecer medidas que fortaleçam essas práticas de higiene é um papel fundamental para que as pessoas continuem combatendo os vírus”, completa a infectologista.