Quase 100 trotes diários foram registrados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Sergipe este ano. O crime, previsto pelo código penal brasileiro, ocorreu a cada 14 minutos, em média. No total, foram 9,6 mil pedidos falsos de socorro, segundo informações coletadas pela Secretaria de Estado da Saúde até o dia 11 de abril.
Os trotes atrapalham todo o trabalho dos operadores do órgão e afetam a prestação de socorro. São quatro etapas até chegar até o atendimento final:
- Com os telefonistas é feita uma triagem do paciente e do tipo de ocorrência. Um dos objetivos é barrar qualquer tipo de trote;
- Ao identificar que se trata de um pedido de socorro real, a ligação é encaminhada para um médico regulador, que vai identificar o trabalho do paciente e qual suporte será usado (ambulância, motolância ou Grupamento Tático Aéreo);
- Após essa operação, os rádio operadores acionam as equipes nas ruas.
Na maioria das vezes, os trotes são passados por crianças. Nos primeiros quatro meses do ano passado, o número ultrapassou os 14,5 mil.
O número de ligações totais recebidas pelo Samu foi de 110.214. A Central de Regulação do Samu funciona 24h e atende a todos os municípios do estado no telefone 192.